sexta-feira, 22 de abril de 2011

Introduções ao tema

“Hoje em dia, não se pode pensar em desenvolvimento econômico e social sem transporte. As pessoas precisam se deslocar para estudar, trabalhar, fazer compras, viajar e possuem cada vez mais a necessidade de estar em movimento. Verifica-se que as regiões mais desenvolvidas do Brasil possuem também os maiores indicadores de transportes, pois a evolução econômica traz consigo a necessidade de mais infraestrutura, em especial ligada à mobilidade urbana. Considerando os diversos tipos de transportes existentes no Brasil, como carro, moto, bicicleta, ônibus, a escolha depende de uma série de fatores como conforto, tempo de trajetória, segurança, custo e acessibilidade, entre outro (...) o meio de transporte mais utilizado pelos brasileiros para locomoção dentro da cidade, com pouco mais de 44%, é o transporte público, sendo este, em geral, o ônibus, seguido pelo transporte por carro, 23,8%, e por moto e a pé com valores similares, 12,6% e 12,3%, respectivamente.”
Sistema de Indicadores de Percepção Social de Mobilidade Urbana - IPEA – 2010

“As carências em serviços alimentam a especulação, pela valorização diferencial das diversas frações do território urbano. A organização dos transportes obedece a essa lógica e torna ainda mais pobres os que devem viver longe dos centros, não paenas porque devem pagar caro seus deslocamentos como porque os serviços e bens são mais dispendiosos nas periferias, num verdadeiro ciclo vicioso”.
MILTON SANTOS; A urbanização brasileira, p.106.       

“Tomando agora os problemas das metrópoles relacionados à mobilidade urbana, estudos estimaram que se os trabalhadores utilizassem de maneira produtiva o tempo gasto em transporte, no conjunto das metrópoles, tal fato significaria um aumento de cerca de 55 bilhões na renda do trabalho em um ano (em valores de março de 2004)”
LUIZ CÉSAR de QUEIROZ RIBEIRO e ORLANDO ALVEZ dos SANTOS Jr. ; As Metrópoles brasileiras: Territórios desgovernados, p.12

“Santa Catarina começou o ano com a venda de veículos novos acima da média nacional. Enquanto que no Brasil o crescimento foi de 12,83% (376.790 unidades vendidas), no Estado as vendas aumentaram 15% (18.551 unidades) (...) No segmento específico de automóveis, a diferença em Santa Catarina foi ainda maior. Foram comercializadas 9.458 unidades no Estado, um crescimento de 18,82%. ‘Com esses números, Santa Catarina passa a contar com uma frota circulante total de 3.453.998 veículos. Nesse ritmo, o Estado terá quatro milhões de automóveis em circulação até o final de 2012’, prevê Sérgio Ribeiro Werner, presidente da Fenabrave/SC. ‘É preciso que as principais obras de infraestrutura saiam do papel para absorver esse crescimento’”.
FENABRAVE/SC

“Vemos que as taxas de mortalidade juvenis (25,6 em 100 mil) das capitais são maiores do que as taxas totais dessas mesmas capitais (20,7 em 100 mil). Contudo, se até 2005 a evolução das taxas juvenis acompanhava de perto as taxas globais, a partir desse ano começa um processo relativamente inédito no histórico das estatísticas neste campo: as taxas globais caem enquanto as juvenis tendem a subir. Esse fato vai ser aprofundado no item relativo à vitimização juvenil. Via de regra, as taxas juvenis acompanharam vis-à-vis as taxas do conjunto da população” (...) “Capitais, como Teresina, Florianópolis ou Aracaju, que de uma situação de relativa tranqüilidade passam a ostentar elevados índices de violência no trânsito”.
Mapa da Violência do Ministério da Justiça 2011

“Depois de exaustivos e aprofundados estudos desenvolvidos dede o início da presente administração, incluindo as mais atualizadas técnicas de pesquisa, cálculos, simulações etc., alcançou-se a inelutável condição de que só tal solução – a redução a zero do valor nominal da tarifa – poderia afrontar eficazmente a tormentosa questão do transporte urbano”.
Projeto de Lei que criava a Tarifa Zero no transporte coletivo de São Paulo, 1990.